sexta-feira, 9 de julho de 2010

(PARTIDO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA)

A educação é um mal necessário, para os corruptos!? A educação é o que deixamos em casa, na estante coberto de poeira, dentro da mochila, no sótão, no porão... Ela é uma caminhada que saudavelmente damos até uma ótima escola. A educação é uma necessidade, mais que da alma, é do corpo, da mente. Esta em dividir o excedente, e dividir, é uma via de duas mãos, quando divide com alguém, recebe de novo e quando você mais precisa.
De que vale discutir política, falando do que é lógico correto e constitucional? De que vale ser honesto, apenas quando se esta de fora, fazer política a todo instante, em qualquer lugar? Baixar os juros, e, jurar que o aumento dos salários é a solução? De que vale crescer economicamente, se não é educado o bastante para entender a natureza, concluindo o quanto é inevitável preservar, reciclar, reflorestar e renovar? De que vale considerar-se inteligente e culto, mas, separar as pessoas do mundo, da oportunidade, do alimento, da cultura e da educação? De que vale, se os homens passam (ou legam) a miséria uns aos outros (...)
São tantas siglas que se dividem, se atropelam, confundem-se, aliam-se, corrompem, aliciam, desistem... Sobretudo, fazem de suas “flâmulas” um ideal de conquistas, de soberania suburbana para a captação dos votos. Pensando bem, no entanto, o infelizmente acima está errado. Conhece-los, mesmo que os achando detestáveis é necessário para que nunca nos deixemos de ter em mente que, existem as boas intenções, as idéias praticas e construtivas vinda de pessoas com boa índole e incontestavelmente bem intencionadas, mesmo que poucos, muito pouco mesmo, mas, isso, é outra história...
Em linhas gerais, nosso país esta caminhando, tudo podia ser melhor ou pior. Há uma sombra de plantão, que ocupa quase toda mídia: a corrupção em seu maior momento. Com tudo, por ora, não há necessidade de alongarmos, já que educar é o melhor caminho, e isso é mais do que comprovado. Portanto, se alguém duvidar disso, sejamos então mais dialéticos.

INSANO PEREGRINO (DO SERTÃO A BANDEIRA)

Dizem que se quiseres chegar a algum lugar sem que um movimento aconteça - é só fechar os olhos e deixar que o pensamento faça sua parte. Como um louco que já foi julgado. Como um insensato. Como um cavaleiro sem armadura. Com ou, sem a droga da razão. - Pois bem, lá vou eu:
A fácula eloqüente do sol aquecia nossos ombros. Poupem o líquido que entrevejo até nas pupilas dos olhos. Esse solo que caminhas não é o caminho do mar. Diante da trilha que seguíamos a cabralhada que cortava, tocada apenas por um menino afoito. A princípio carregávamos sonhos, a cada rastro que deixávamos o que era real e mais lúcido, destacava-se. Muitas vezes era preciso o desvio ágil de algumas carcaças predominantes da falta de chuvada. A poeira que morria na planície; o pouco verde, ainda que cactos fora; O pouco de água que à frente como miragem aquecida. Seriam muitas as palavras para decifrar, seria como falar de um lugar feral ou, tampouco seria sua feracidade. Não via tranqüilidade nos olhos daquelas pessoas que encontrava - mas, em seus sorrisos, demonstram vida. Aos poucos minha ansiedade arrolava em duvidas e curiosidade. Às vezes sentia-me culpado e, por outras, eu disseminava a culpa. Os reflexos se transformavam. Ora víamos o mar que engolia a areia; ora era a areia que se ocupava - assim então se alternavam...
Agora, já estou eu, frente a uma bandeira hasteada, em praça pública exaltando: - Quem sabe fosses vida seria como eu - misturando-se na multidão? Sua carteira não promete; seus esforços, quase sempre em vão; são sustento as próprias mãos; é seu guia a consciência. Filhos que o esperam, partem para um novo mundo, deitados em berço pinus, com futuro que talvez espelhe. Após refletir o pensar, em versos próprios com a bandeira dialogar: - Que tal subi-la ao mastro e o hino cantar: nas margens plácidas... e a liberdade pertencente ao sol de raios fúlgidos que brilhou... Bater continência em momento de desordem, guiar-se pela própria fé, esperando que pôr um milagre tudo aconteça - o que deveria ser de um modo correto e constituído. Então, respeitar uma nação de braços fortes que em teu seio. Oh! Liberdade... Liberdade! Com os bosques perdendo a vida, e os campos sem mais flores (...) Salvem idolatrada terra, onde esperança por ela cresce. Salvem. “Terra dum povo heróico sem recompensa”.

...alguns minutos se passaram e aqui estou eu, retomando a consciência. Acho que agora entendo. Quão só são os alienados, os insensatos, os temerários, donos da louquice...O que é ter razão? O que é poder contar com a compreensão? De que me adianta prosseguir agora? De fato..., ainda tenho muito tempo pra pensar.

Dizem que, se quiseres chegar a algum lugar...

“NAS MARGENS: ESPERANÇA É O QUE NÃO FALTA”.

Na verdade era um rio comum, igual a todos que correm em nosso continente. Esse ao qual me refiro, sonhava muito, sempre decidido que um dia trocaria seu nome. Batizado como Esperança. Mas, para ele era muito comum, todos teem, ou procuram ter. Diante disso, esperança passou a ser visitado constantemente. Eram pessoas estranhas e discretas, reuniam-se sigilosamente, parecia que escondiam algo. Talvez fora um marco para grande chance que tanto pleiteava Esperança. - Esta aí sua grande chance Esperança! - Incentivavam os pequenos córregos. Daí em diante ele passou a ser mais elegante, transformou seu visual com peixes estampados, floriu suas margens, enfim, sua sorte estaria a contemplar.
Mas como todos os momentos nem sempre são felizes, aqueles amargos... Persistem. Recebera ele uma triste noticia - seu tio, Rio das Lontras, havia falecido, contraiu uma doença muito comum nos dias de hoje: “A Poluição”. Coitado, era depósito de resíduos químicos, jogado pelas grandes fundições de armaduras e espadas da época; sozinho e indefeso, não pôde se cuidar. E ainda com tudo, Esperança não se abalava, dava-se continuidade, pois tudo estava mudando...
Num certo dia de sol coberto pôr nuvens de fumaça, e um ar "cem por cento irrespirável" (...). Esperança acordava ondulando suas águas, enriquecendo a paisagem. Sentia ele que sua mudança começava naquela manhã, quando de repente um indivíduo, trocou a placa que levara o nome Esperança para glorioso “Ipiranga”. Passaram-se dias e dias, e o comentário já era grande sobre o novo Ipiranga; rios e rios com fofocas e relatos sobre o acontecimento. De Esperança para “Glorioso Ipiranga”, foi a tudo isso, ou seja, a popularidade que recebera. Sr. Ipiranga foi espantosamente o escolhido. Mas..., escolhido para que? Ou, pôr quem? Logicamente como tudo vinha correndo bem, teria ele sido escolhido, pôr aqueles estranhos e sigilosos homens, que assiduamente se reuniam às suas margens.
Passado algum tempo, depois de muita espera, homicídios, enforcamentos e tirados até os dentes da liberdade - enfim... D’ Pedro, e seus fiéis escudeiros, encontram-se as margens do Glorioso Ipiranga. Naquele momento emocionante iria acontecer um grande progresso. A liberdade de uma promissora nação viria. Glorioso Ipiranga, talvez, único cúmplice vivo de uma grande vitória. – ‘Independência ou morte!’As margens de um rio...
Ao baixar da poeira, começando um novo estado, veio o esquecimento, os anos se passaram. Hoje, os tempos são outros, nosso ex-popular Glorioso Ipiranga, bigodeado, cúmplice da liberdade, fora quase privatizado - E ainda bem que existe a história, representada por museus, professores, historiadores ou, para ser mais certo: “escudeiros da cultura”
Antes o Glorioso Ipiranga não tivesse tanta sorte assim, talvez, com seu velho nome, poderia ser diferente - pensara ele. Hoje, em nossos dias, desprezado e cansado, o velho devaneador, mesmo doente, ainda tem um pouco de seu primeiro nome. Espera, como todos os outros, mais que um mísero reajuste de sua “aposentadoria”.
Como se pode ver: Esperança é o que não falta...

A MINHA PARTE EU FIZ

Certo dia, daqueles que pode chamar de turbulento - um colega de trabalho entrou em minha sala e, como de costume, foi logo entregando um documento, dizendo: - é urgente! Outro colega, da sala, retrucou: - hoje, parece que tudo é importante, e você tem idéia de quantas urgências temos aqui? O outro, encurtando a discussão, respondeu-lhe: - bom... pelo menos, minha parte eu fiz (...)
Depois disso, passado o calor do momento, ficaram as ironias como um atributo à descontração, pra ser mais tênue – aquelas, muito comum nos escritórios. Em qualquer situação vinham as frases: “minha parte eu fiz; vou fazer minha parte; faça sua parte e eu faço a minha”...
Tal fato, pos-me a refletir que existem dois lados dessa discussão: Aquela em que o individuo sensato, ético e responsável faz pelo meio em que vive – a famosa “gota no oceano.” Do outro; aquele momento infeliz ou, em uma concepção da vida que passa unicamente pelo triunfo pessoal, individual, degradando e ignorando completamente o senso de equipe, do todo como semelhante.
Contudo, é natural que existam adeptos para ambos os lados, pois somos bilhões de pessoas por aí espalhadas – culturas, crenças... enfim, cada qual comungando a sua maneira. O que digo não se aplica a algum tipo de intolerância ou vicio a idealismo; trata-se da capacidade de raciocinar – é o que sobrepõe o ser humano dos demais seres, fato esse muito bem conhecido.
Temos muitos exemplos por aí, principalmente quando surgem “crises” como essa financeira que ronda, desafiando nossos temores e mexendo com o comodismo - ao mesmo tempo, estimula os mais criativos a exercitarem sua capacidade de mudança, (como o dia nasce da noite escura).
De volta a teoria. É necessário repensarmos o quanto o mundo é amplo e agora global do ponto de vista das ações, embora se possa viver em qualquer pais ou região. De outra forma, o que realmente conta é o futuro. Não adianta remoer o passado, o máximo que se possa fazer com o que passou é aprender. Assim, podemos começar analisando a diferença ou a relação entre “urgente e importante”
O que é importante e urgente? Há um quadrante que faz parte de um livro ao qual tive o privilégio de conhecer (A sabedoria da tartaruga, de Jose Luiz Trechera) e que em oportuno, possa representar as diversas possibilidades, basta nos situar:
Tarefas importantes e urgentes – consomem a maior parte do tempo de muitas pessoas e funcionando assim, dificilmente poderá organizar sua vida de maneira adequada e estará sempre “apagando incêndios”.
Tarefas urgentes, mas não importantes – essas sem dúvida, podem ser delegadas e é mais do que lógico que não cabe a quem deseja ser um centralizador.
Tarefas importantes e não urgentes – são atividades que requerem sossego para que se dedique a ela o tempo adequado e, é fundamental que esse quadrante seja prioritário na vida.
Tarefas não importantes e não urgentes – São as que deveriam ser evitadas. Em geral, o individuo as usa como evasão, para não encarar outro tipo de desafio.
Não menos importante, podemos alinhar também a essa teoria o fato de que organizações, estado e sociedade travam um embate quanto ao cumprimento das normas e leis, essas atreladas a uma consciência daquilo que é legal, porem não ético – utilizando-se da: Minha parte eu fiz.
Em resumo, existem centenas de teorias que possam auxiliar, mas de tal forma, seria necessário dar mais cursos para aprendermos a administrar a vida e, ao mesmo tempo, exercitar o trabalho coletivo. Numa sociedade em que de tempos em tempos transbordam especialistas em eficácia, falta a capacidade de disseminar abundantemente a contemplativa vida que tem por objetivo o “ser” e não o fazer (a razão, com o sentimento, com uma relação humana mais estreita e mais limpa). E, como a mudança está inteiramente no individuo - na insatisfação, de nada adianta mudar-se geograficamente, pois ao final será mais um...
Devemos admitir que desse auto-olhar perscrutador queremos todos escapar e aí então esteja à razão fundamental por que a máscara usada como refugio está tão presente nas relações. Será, portanto necessário evoluir, já que devemos conviver com as diferenças, e essa ainda continuará a fazer parte de nosso dia-dia. Pode parecer pouco, mas minha parte eu fiz, considerando que foi uma terça parte de uma gota dentro de todo oceano.