quinta-feira, 5 de maio de 2011

Há tempos

A era dos homens depois do fogo, do escambo e da partilha nas tribos; a era dos imperantes e soberanos depois das lutas inglórias

...

...Suas casas brancas estão falidas com porções de bactérias/ A espera é moribunda/ Esqueletos passeiam por corredores podres (...)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Praticar

não sejas tu
não seja você
não sejamos nós
não sejais vós
não sejam vocês

como os outros queiram

se tu estás triste
seja você
esteja você onde estiver
tenha você o que tiver
haja você
não hajais vós para os outros

que eu tenha amado
que tu tenhas também
que ele tenha amado
que nós tenhamos um dia amado
amado o perfeito

Na areia

"Não me venha com onda
de horas na praia
esperando água com sal

Não espere eu adormecer na areia
feito camarão pescado

Aproveite
enquanto ainda peço
porque amanhã posso esquecer
e meu esquecimento não será breve."

Lixo

Ninguém liga
Ninguém sabe
Ninguém viu
Noventa por cento o quer longe
Dez por cento convive

Vida que custa caro
A borracha é secular
em sua companhia: uma sacola plástica
Cabruuum!
um vidro e a garrafa peti a flutuar...
sobre águas de chuva
os meninos vão nadar.

Ao coração

"O coração não é uma caixa limitada, tampouco uma sala ampla para escolhas afetivas. O coração tem de ser de paredes móveis - o coração se adapta ao que é aceito - e lá dentro, as coisas se transformam"

Depois da noite

Será que a noite é banal? Seu ócio pode ser lucrativo. Enquanto umas cabeças se deitam, outras procuram... A liberdade, na noite, começa com silêncio. Durante a noite as invenções dialogam; a imprudência ronda e faz das almas desatentas seu refúgio. Há questões a serem respondidas? O bem trafega lado a lado de tudo que é mal - ambos são dependentes (...)
As noites parecem iguais, daqui de cima..., e depois da noite vem outra noite.

Pagina

Lírios
no outono
abandonados
e levados
pelo vento