Neste mundo que translada
diariamente a capacidade humana - os anos são contados mais pelas datas
comemorativas de crescente modelo panfletário do que pelo próprio interesse em
conhecer a vida como ela é..., nas ultimas palavras, parafraseando Nelson Rodrigues
Temos de certa forma, um
calendário a ser cumprido, e que, superficialmente, dialoga com a sociedade. E,
após o estourar das rolhas em garrafas de "cidra" e do cheiro
ajuntado das fumaças dos fogos de artifício, as promessas se reorganizam e, as
agendas nos celulares, bem como nas folhinhas dependuradas as paredes, serão
agora nossos guias. Porem pode ser que nos guie a uma ilusão (...)
Data de aniversário do
individuo, do aniversário de casamento, dia das mães, dos pais, das crianças,
dos namorados e enamorados..., enfim, datas que sequer nos proporcionam um
feriado, porem, apresentam com suas vinte quatro horas, tempo que aparentemente
é considerado suficiente para a devida estima e atenção.
De maneira mais
avassaladora, um esquecimento - fruto dessas modificações e progressões do
homem poderá culminar em tempestade de fúria do ser amado.
Já, àqueles que se
consideram desamado e mal-fadados, resta apenas o refresco de não sentir-se por
hora um ababalhado, sem falar na contenção de despesas e, ainda sim, por
ultimo, exaltar o beneficio de que - ao menos neste ano não correrá o risco de
sentir uma horrenda cólera por parte do outro elemento, caso venha a cair
humanamente numa divina amnésia quanto ao verbo presentear no dia dos namorados
marcado.
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